Não quero “chover no molhado”, mas, considerando que já se passaram sete meses desde que o governo brasileiro decidiu “entrar na roda” e regularizar as apostas esportivas: claro, visando levar uma fatia desse bolo, achei interessante fazer um compilado das informações mais relevantes, tanto do mercado quanto do próprio governo.
Para quem ainda não se deu conta do tamanho, o mercado de apostas esportivas no Brasil está estimado em nada menos que R$ 120 bilhões! Essa cifra vem da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE de 2017 e mostra um volume que, até então, circulava nos bastidores sem pagar um tostão de imposto.
Sendo realista, estava na hora de o governo querer fiscalizar essa atividade. Até o Assaí percebeu essa tendência, relatando uma queda de 50% em suas vendas e 26,8% no lucro líquido em 2023, um sinal claro de que o dinheiro do brasileiro agora tem outro destino.
Além disso, uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) apontou que os entusiastas de apostas esportivas online cortaram gastos em outras áreas, como vestuário (23%), supermercado (19%) e viagens (19%).
Mais de 500 empresas de jogos online já entraram no nosso mercado, e um levantamento do Datafolha mostrou que 15% dos brasileiros já fizeram uma fezinha nesses sites, desembolsando, em média, R$263 por mês cada um. No total, os apostadores brasileiros gastaram R$54 bilhões em apostas online só em 2023.
Mas aqui vai uma notícia que é boa para os apostadores: o novo regulamento exige que as casas de apostas mantenham normas internas rigorosas, que vão desde o atendimento ao apostador até a prevenção à lavagem de dinheiro e manipulação de resultados.
O Ministério da Fazenda ficou com a tarefa de avaliar a eficácia dessas normas, que, se não forem aprovadas, podem bloquear o processo de autorização.
As empresas também terão que manter um olho de águia nas atividades dos apostadores, monitorando tudo, desde o dinheiro gasto até o tempo investido nas casas de aposta, além de manter registros de todas as operações.
Uma tarefa dura, mas que abre um mar de oportunidades para o segmento de SAAS, com uma demanda crescente por soluções de KYC, compliance e onboarding.
A regulamentação movimentou o mercado e, estar na linha de frente das parcerias, me deu a chance única de acompanhar cada passo dessa transformação.
Apostas no Brasil: Como a Regulamentação Está Modelando o Futuro do Setor
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